

Curiosidades do Japão




O Japão antigo é geralmente identificado como uma extensão histórica e cultural da China. Isso por causa das contínuas e decisivas influências da cultura chinesa no processo de formação e desenvolvimento da civilização japonesa e pelo fato de que são os documentos chineses os que introduzem a sua história antiga.
Entretanto, é inegável a existência da expressiva especificidade japonesa, muito embora as pesquisas arqueológicas e históricas que a revelam datem apenas de 1945, por isso os aspectos conhecidos são ainda incertos e incompletos.
Assim, por exemplo, não se sabe, porém, que o arquipélago japonês é habitado há mais de 10 mil anos.
Nos séculos III e II a.C., a China, sob o Império dos Han, atingiu o Japão, introduzindo dois componentes básicos da civilização que aí se desenvolveu – e a cultura do arroz e a metalurgia do ferro e do bronze.
O cultivo do arroz, com a utilização dos instrumentos de ferro, pôde-se desenvolver rapidamente, e sua expansão exigiu a incorporação das terras secas, até então inaproveitadas, o que foi realizado pela irrigação, que, por sua vez, demandava mão-de-obra em maior quantidade.
Assim, a cultura do arroz das águas tornou-se importante atividade econômica e as terras próprias para o cultivo passaram a ser disputadas pelos diversos clãs.
A disputa pela terra deu origem a um processo de estruturação social distintos: os vencedores, que se tornavam proprietários, e os vencidos, que eram transformados em escravos. "Com o surgimento do regime de propriedade privada, entra em colapso o sistema comunitário de clãs sem classe social. Surge uma comunidade de classes dominada por elementos abastados. E aparecem em várias regiões do país pequenas aglomerações ou comunidades apresentando algum caráter político, dirigidas por chefes tribais ( ou comunitários).
Por volta do século I a.C. essa sociedade de classes evoluiu no sentido de constituir o germe do Estado antigo, ao lado da existência de comunidades tribais, na parte norte de Kyusho e oeste de Honshu.
Num livro da época Wei ( reino do norte da China após a queda dos Han Posteriores) consta uma narrativa de dois chineses que viajaram ao Japão, no século III. Eles registraram a existência de uma país chamado Yamatal ou yamato governado por uma rainha, de nome Himiko, que dominava 28 nações.
O estado atual investigações não permite, ainda, conhecer, com precisão, a evolução do Estado de Yamato. Na segunda metade do século IV, ele estava em plena expansão, tanto interna como externamente. No plano interno completava-se um processo de centralização, graças à consolidação do regime político- administrativo, baseado em um sistema que estabelecia o predomínio dos proprietários de terra que possuíam determinados títulos nobiliárquicos; dá-se o nome de Uji-Kabane .
No plano externo, a expansão do Yamato dirigiu-se à Coréia. Em 391 uma expedição japonesa atingiu a península coreana e a partir daí, até 562, o Japão ocupou Mimana – província ao sul da Coréia, rica em minérios de ferro.
Ao mesmo tempo em que o sistema Uji-kabane possibilitava o fortalecimento do Estado, verificava-se, também, a influência cultural da China, graças à presença constante de técnicas e intelectuais chineses no Japão, os quais trouxeram para o arquipélago o budismo, introduzido no Estado Yamato.
O estado, baseado no sistema Uji-kabane, era assentado no poder dos nobres e no prestígio do rei. Mas, no período que vai do século III ao VII, cresceu a dominação dos nobres e das famílias influentes do interior do país com títulos de kabane. Havia intensa rivalidade entre as famílias nobres e no século V iniciou-se um período de luta entre elas, que se intensificaram no início do século VI, sobressaindo o choque entre os poderosos clãs dos Mononobe e dos Soga, do qual resultou a vitória dos últimos.
Em 593 a.C., a rainha Suiko nomeou como regente seu sobrinho Shotuku, membro da família Soga. Shotuku dirigiu o Estado Yamato até 621 e empreendeu uma reforma política que tinha por finalidade fortalecer o poder central.




Embora não tenha conseguido abolir o sistema Uji-kabane, o poder real avançou: usou-se pela primeira vez a palavra tenno (imperador, soberano do céu, rei supremo) em lugar de taiwo (grande rei) para designar o governante.
Shotuku foi fervoroso budista e promoveu, por isso, a sua difusão. Na sua época as relações com a China, então sob dinastia Sui, se estreitaram; adaptou-se para o japonês a escrita chinesa – kanji- e os ensinamentos de Confúcio foram divulgadas no Japão.
Além dessas influências, houve importantes contribuições chinesas e coreanas no tocante às técnicas, notadamente na metalurgia, graças a presença de profissionais estrangeiros que se estabeleciam no país e se naturalizavam.
Até o século VII prevaleceu o domínio político dos Sogas. Mas as lutas prosseguiram até que eles foram eliminados e o Estado Yamato adotou um novo sistema – o Ritsuryo ( que quer dizer Lei e Ordem), semelhante ao que se implantara na China, sob a dinastia Táng.
Em 645, seis meses depois do golpe de Estado que havia afastado os Soga, foi baixado o rescrito da reforma, composto por quatro artigos que, no seu conjunto, reorganizou a forma de distribuição da terra em prejuízo dos proprietários provados. A rigor, a terra tornou-se propriedade do Estado, que a distribuía para ser cultivada e estabelecia tributos sobre a produção.
O estado japon6es até então localizava sua sede em diferentes cidades, conforme a família que ocupava o poder. Em 710 fixou-se a capital na cidade de Nara ( parte oeste da atual cidade com o mesmo nome).
Nesse período, a China, além de influir diretamente no Japão, servia de intermediária s influ6encias da Pérsia e da Arábia, com as quais mantinha contato.
O período do regime Ritsuryo assinalou-se por grande progresso interno e florescimento cultural. "A grandeza cultural do período de Nara constitui fruto do trabalho escrava em sua grande parte, aliás como sucede em todos os Estados antigos ( Egito, Grécia, Roma etc.) ."
Deste período datam também os primeiros livros escritos no Japão e o que existem até hoje. Em 712 surgiu o kojiki (Fastos Antigos), o mais antigo documento histórico- literário escrito em língua japonesa atualmente existente. A partir de então foram produzidos textos que constituem as fontes indispensáveis para o estudo da história antiga do país.
O estado japon6es conheceu também, nesse período, a ampliação da influ6encia religiosa. Os sacerdotes passaram a influir e a intervir no poder real. Para fugir dessa influência, mudou-se a capital para heian, atual Kyoto.
Iniciou-se então um novo período, época heian, com novas reformas políticas que visavam fortalecer o poder central. Não se eliminou, no entanto, o poderio das famílias da nobreza. Dentre elas destacou-se o clã Fujiwara, cujos membros passaram a ocupar os principais cargos na corte.
A partir do século VIII o poderio econômico da nobreza, bem como o dos sacerdotes detentores do poder nos templos e nos santuários, desenvolveu-se em virtude do não - cumprimento da lei de distribuição de terras. A propriedade privada da terra voltou a prevalecer através da criação dos shoen, ou seja, grandes propriedades pertencentes aos nobres.
O avanço da privatização da terra acarretou o aumento de prestígio das famílias nobres, bem como a rivalidade e as lutas entre elas.
Os chefes e administradores locais começaram a arregimentar uma força policial própria, os bushidan, que, com o tempo, foram recrutados como guardas da corte ou de nobres, na qualidade de saburai, depois chamados de samurai.
O poderio da nobreza, apoiada na força armada dos samurai, assinalou o fim do estado antigo japon6es. Nos séculos XII e XIII o Estado Ritsuryo esfacelou-se diante das convulsões e guerras entre os diversos clãs.
Em 1192, após um longo período de rebeliões, o estado Ritsuryo foi substituído pelo shogunato de ikamakura (kamakura bakufu), fundado por Yoritono Minamoto.
Fonte: www.geocities.com
Japão
Nome oficial: Japão (Nippon)
Capital: Tokyo
Nacionalidade: japonesa
Idioma oficial: japonês
Religião: xintoísmo e budismo (84%)
Território: 377.864 km2 (em quatro grandes ilhas – Honshu, Kyushu, Shikoku e Hokkaido – e 6.848 outras menores)
Moeda: iene
Calendário: 2004 equivale ao 16º ano da Era Heisei no calendário japonês
População: 127,3 milhões (outubro 2001)
População urbana: 75%
Taxa de crescimento demográfico: 0,29% (2001)
Alfabetização: 99% (estimativa 1999)
Universidades: 669 (maio de 2001)
Leitos de hospital: 1.864.448 (2000)
Médicos: 1 para 555 pessoas (1996)
Expectativas de vida: Mulheres (84,6 anos); Homens (77,7 anos) – Dados 2000.
Mortalidade infantil: 3,2 por 1.000 crianças nascidas (2000)
Densidade demográfica: 339,8 pessoas por km² (1999)
Principais cidades: Tóquio (aglomerado urbano: 27.242.000 hab.; cidade: 7.966.195 hab.), Osaka (aglomerado urbano: 10.618.000 hab.; cidade: 2.602.352 hab.); Yokohama (3.307.136 hab.), Nagoya (2.152.184 hab.), Sapporo (1.757.025 hab.), Kyoto(1.463.822 hab.), Kobe (1.423.792 hab.).
![]() ComportamentoPara que você possa viver no Japão, terá de aprender alguns costumes e algumas expressões necessárias para uma boa convivência. Há um provérbio japonês que diz "Andando, se aprende o trabalho". Isto quer dizer que aprende-se mais pela própria experiência do que pelos ensinamentos de outrem. Geralmente, os japoneses são mais simpáticos com estrangeiros que falam japonês. Não se esqueça de que, à sua volta, há muitos japoneses que, sabendo que você deseja aprender japonês, lhe ensinarão. | ![]() CivilidadeBanzai! ( Viva! ) A palavra banzai costuma evocar, em muitos ocidentais, o passado militarista do Japão do período da Segunda Guerra. Uma cena típica que povoa a cabeça de muitas pessoas, graças a inúmeros filmes sobre a guerra, é a de um piloto suicida, com um sol nascente desenhado numa tira de pano atada à cabeça, lançando resolutamente seu avião contra um navio inimigo depois de gritar banzai! | ![]() ComidaNo Japão você poderá encontrar qualquer variedade de comida de todo o mundo, como também restaurantes de comida japonesa a preços razoáveis. |
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![]() TransporteA rede de trens em Tóquio é excelente. É também muito pontual. Por exemplo, nas horas de "rush", na linhas de Yamanote, uma das linhas principais em Tóquio, os trens correm a cada minuto! | ![]() BanheiroNo Japão, a banheira é quadrada e é menor do que a ocidental. A maneira de tomar banho é totalmente diferente. Primeiro, você tem que se lavar e se enxugar antes de entrar na banheira. Vaso sanitário: No Japão há tanto o do tipo ocidental como o do tipo japonês. O estilo japonês é considerado por muita gente mais higiênico do que o ocidental, porque nenhuma parte do corpo tem contato com o vaso, mas note bem a maneira de usá-lo. | ![]() ComprasNo Japão a moeda nacional é o iene (¥). As moedas são de ¥ 1, ¥ 5, ¥ 10, ¥ 50, ¥ 100 e ¥ 500. As cédulas são de ¥ 1.000, ¥ 2.000, ¥ 5.000 e ¥ 10.000. No Japão há um imposto chamado "shoohizei" (imposto consumo) incluído no pagamento de cada compra como uma taxa de 3% sobre o valor total da compra. Por isso, recomendamos que tenha sempre moedas para facilitar o troco. |